quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Baby i’m gonna leave u tonight


Oh baby i’m gonna leave u tonight
I’m gonna stop this ungrateful fight
Can I forget so easily ur name?
Bad choices I have made
Things aren’t still the same
And feelings seem to fade

Oh baby Time as drove me away
Things aren’t what they use to be
There are things that now I see
Unspoken words that I need to say
Some kind of emptiness inside
It seems there’s too much to hide

Oh baby I’m gonna leave u tonight
We had our moments of joy and sorrow
Now everything is out of sight
And sadly there’s no tomorrow
You had things that drove me mad
You make me laugh, you make me cry
You make me smile, you make me sad
And now there’s nothing but a lie

I don’t want to leave u alone
My heart is crushed but I still love u
Sometimes I want to pick up the phone
But there’s nothing to fight for too
Oh baby, baby too much memories on my mind
Oh fuck you’re still one of a kind

Even less every time we spent has worth it
Everything sadly has came to an end
Let us apart happiness finally meet
I need to my broken heart mend

Oh baby, baby I’m gonna leave u tonight

terça-feira, 26 de junho de 2007

mar misterioso


temo esse mar, esse mar que é tão imenso
temo esse mar, onde sempre me refugio
temo esse mar, que é tão estranho, tão frio
temo esse mar, com um sentimento intenso

em brumas, meu coração navega supenso
os raios de Febo tristemente acaricio
neste mar cheio de vida, só há vazio

por vezes quase m'afogo numa recordação
navego perdida nesse barco tenebroso
esquecendo uma vida a que tenh'aversão

por vezes esse mar é tão calmo, ocioso
quase vislumbro feições n'água. será ilusão?
poderei evadir-me deste mar misterioso?

balada da insatisfação


quantas questões me assolam quando te vejo
teu olhar azul desperta-me um carinho imenso
mas falta-nos algo mais forte, louco, intenso
poderei transformar este pensamento em desejo?

penso em ti, mas desesperadamente não te anseio
beijo-te, mas minha boca não te devora com sofreguidão
quero-te, mas em cada momento há um se não
toco-te, mas a minha satisfação fica a meio

há sempre algo que me perturba quando estás apartado
oh, será que peço demais em tão escassa hora?
no entanto quando te vejo sinto uma confiança cega

terá chegado aquele doce momento por mim sonhado?
mas contigo há apenas um pálido sorriso e o mais demora
ensina-me mais! o meu coração por agora apenas ternura te delega

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Uma face sem rosto




Meu espírito revolto está tolhido de amores
Por uma figura gentil mas desconhecida
Uma face que aflora algures perdida
Anseio por ela para superar as minhas dores

Minha alma de atormentado vazio está repleta
Vagueia sem rumo por este caminho sombrio
Fere-se-me os pés neste solo arenoso e frio
Falta algo ignoto para me sentir completa

Há pontas de seta que me ferem a audaz mão
Há um fogo imenso que não pode ser serenado
Há um sentimento que anseia ser pronunciado
que não encontra eco na boca, nem no coração

Meu espírito revolto está tolhido de amores
Por algo que a minha mão audaz não alcança
Meus olhos e boca têm a secreta esperança
Que essa face ganhe rosto, palavras, cores

ó terra mãe




O coração não tem ouvidos nem olhos
mas tem boca, e delicia-se com o sabor da promessa
dessas palavras de mel que tantas vezes o tempo cessa
quando o ser se deixa envolver por dores e abrolhos
e então deixo-me embalar docemente pela noite
só ela me deixa bailar ao som do vento norte
e choro já por ter perdido a minha triste sorte
agora já não tenho ninguém que me acoite

era triste a minha sorte, mas era só minha
antes viver uma vida humilde, que a de outrem
agora vejo-me assim como quem nada tem
a não ser um fim que invitavelmente se avizinha
estico-me assim em cima da fresca e imensa terra
e sinto saída do seu ventre: ó terra mãe

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

O outro




Nunca mais, nesta vida, eu quero te ver
apaga essa imagem que tens na minha fronte
não te quero mais, ao pé de mim, saber
quero ruir esta contínua e maldita ponte

repudio-te, desprezo-te, porque és tu assim?
odeia a tua interminável fraqueza, essa solidão
esse contínuo não ter. Não, tu não és igual a mim
toco essa imagem em pensamento e queimo a mão
e os meus olhos enchem-se de lágrimas pela dor.
Não pela dor desta indiscreta mão, mas por esta alma
que dizem não ser minha, mas de um ignoto senhor
dizem que dá amor, esperança mas nem isso me acalma
quero cortar as amarras, voar livremente
ser, simplesmente ser outro e, viver contente e contentada
sem esta dor e inquietação que me assaltam incessantemente
e ser assim, por esse outro, eternamente amada

Máscaras



Máscaras de olhar ignóbil e frio
máscaras que contam a vida de fio a pavio
- as máscaras não andam de bocas fechada, não é?
máscaras hipócritas com choro de jacaré
máscaras com riso de palhaço desgraçado
máscaras de um qualquer ser abandonado
máscaras de olhar de esfinge, Monalisa ou Monroe
máscaras que dizem pouco do que fui, e do que sou
máscaras gregas, romanas, francesas, italianas
máscaras amarelas, brancas, pretas ou ciganas
de velhotes, jovens ou de inocentes meninas
de homens obscenos ou de senhoras sérias e finas
máscaras mal pagas e eternamente descontentes
mas que nos olham tão alegres e sorridentes
- Oh, mas que máscaras tão simpáticas são elas!
máscaras que afinal deixam muito por dizer
máscaras de amigo que nos apunhala sem querer
- coitadinho, tropeçou! Oh como são encantadoras e belas
aquelas máscaras, causas de tão bons humores
- agora digam-me, seus pequenos dissimuladores,
para que com a minha conversa não mais vos mace:
- o que se esconde por destrás dessa ilusória face?